rss
email
twitter
facebook

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Brasil pode ser potência em software livre?

Replicando este post do Luiz Cruz para o InfoBlogs...


Alan Shimel, do site Network World, relata a experiência da jornalista americana Angelica Marti, que esteve por aqui durante uma semana, conversando com empresas de TI e com o governo (há menções à Motorola e ao Serpro). Segundo a análise dele, o Brasil quer ser uma potência em software livre, uma vez que temos boa experiência em customização de soluções abertas. O objetivo seria passar a Índia, que é reconhecidamente um grande fornecedor internacional de software.

Shimel levanta ainda pontos negativos que poderiam prejudicar essa meta:
  • O salário médio no Brasil é substancialmente maior que o da Índia ou da China;
  • Nem todos os funcionários de TI sabem falar inglês com fluência (embora isso esteja mudando);
  • O estilo de vida não condiz com a ética de trabalho dos indianos e chineses (os brasileiros não trabalham tanto quanto eles).
Não concordo com as afirmações dele. Acho que o desenvolvedor brasileiro trabalha pesado. Quanto ao inglês, pode ser até uma deficiência, mas não um impedimento, principalmente porque certamente não é maioria. Agora quanto ao estilo de vida, bem, a forma de trabalho nos países mencionados é questionável. No mais, estas supostas deficiências poderiam ser vencidas por um software de qualidade.

Resumindo, possível é e vale mencionar que o primeiro passo, que é utilizar o software livre no próprio governo, ou no mínimo dar a chance de escolha, já foi feito há algum tempo. Para se ter uma ideia do que isso representa, o Comitê de Implementação do Software Livre no Governo Federal liberou no mês passado um estudo de como está o uso de software livre. Dos 130 órgãos de administração pública que responderam ao questionário, a situação é:
  • Sistemas de correio eletrônico – 54% de uso;
  • Servidores de internet – 56% de uso;
  • Sistemas de informação – 48% de uso;
  • Estações de trabalho – 13% de uso;
  • Suítes de escritório – 5% de uso.
Tenho visto pouco incentivo a empresas privadas que desenvolvem software livre. Se o objetivo é se tornar referência, temos de fato um longo caminho a percorrer.

0 comentários:

Postar um comentário